Informação Sumária
Padroeira: Santa Maria/Senhora do Perpétuo Socorro.
Habitantes: 932 habitantes (I.N.E.2011) e 1.006 eleitores em 05-06-2011.
Actividades económicas: Agricultura, comércio e pequena indústria.
Feira: Feira de Gado (anual a 15 de Agosto).
Festas e romarias: Santíssimo Sacramento(15 de Agosto) e Senhora do Socorro (1º domingo de Fevereiro).
Património cultural e edificado: Igreja Paroquial, Casas da Prova, de Casal velho, e das Cortinhas e Quinta Campos Lima.
Colectividade: Rancho da Associação Recreativa e Cultural de Paçô.
Aspectos Geográficos
A Freguesia de Paçô, se consideramos a Igreja Paroquial, dista cerca de 2 Km da vila de Arcos de Valdevez, a sede o concelho a que pertence, mas na verdade a sua área territorial já se confunde com a vila arcoense.Assim como em relação à vila de Ponte da Barca, também a proximidade se revela afastada apenas pela distancia que é ocupado pelo rio Lima. Ou seja, os cerca de 436 ha de área da Freguesia de Paçô, estão delimitados pelo rio Lima, a Sul, tendo a Freguesia de Ponte da Barca e de Vila Nova de Muia, do concelho barquense, na outra margem, a esquerda deste rio. A Poente, pelo rio Vez, tendo a Freguesia de Santar e a Freguesia de Souto na outra margem, a direita deste rio. A Nascente, pela Freguesia de Oliveira. A Norte, pela Freguesia de Arcos de Valdevez – S.Paio.
O desaguar do rio Vez, no rio Lima, acontece, entre esta Freguesia e a Freguesia de Souto. Este facto está patente, no que a Paçô diz respeito, no brasão de Paçô através de um perle de prata, que se representa com uma espécie de Y.
Resenha Histórica
Acerca da história desta freguesia, no livro ” Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo”, podemos ler a seguinte resenha: « A primeira referência conhecia a esta igreja data de 1125.
Em 1258, na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, é citada como uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui.
Em 1320, no catálogo das mesmas igrejas, mandado organizar pelo rei D. Dinis, para o pagamento da taxa, esta igreja foi taxada em 100 libras.
Em 1444, a comarca eclesiástica de Valença foi desmembrada do bispado de Tui, passando a pertencer ao de Ceuta até 1512. Neste ano o arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa, deu a D. Henrique, bispo de Ceuta, a comarca de Olivença, recebendo em troca a de Valença do Minho. Em 1513, o papa Leão X aprovou a permuta.
Com a incorporação da comarca de Valença no arcebispado de braga, em 1514, procedeu-se à avaliação dos benefícios eclesiásticos que a compunham. Paçô rendia 39 réis, 1 libra de cera e 50 alqueires de pão terçado.
Na avaliação efectuada 1546, sendo arcebispo D.Manuel de Sousa, esta igreja, juntamente com as de São Lourenço de Cabrão e São João de Parada, era anexa ao mosteiro de àzere, sobra a vigairaria confirmada de Santa Maria de Paçô não se chegou a apurar o estipêndio.
Na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo, Paçô era anexa ao mosteiro de Ázere, sendo da apresentação do seu reitor.»